Freguesias
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- Categoria: Concelho
Aboboreira
A origem toponímica do nome Aboboreira tem factores ainda por comprovar. Segundo algumas pessoas é no fruto abóbora, que existe ainda hoje em grande abundância nesta localidade.Outros testemunhos dizem-nos que terá estado na sua origem uma razão histórica onde um homem de nome Abraam recebera um dote ao qual se chamava Eira ou seja, seria a Eira do Abraam que mais tarde dá origem a Abraam + Eira que com o decorrer dos tempos chega a Aboboreira.Recolhas etnográficas encontram, no entanto, uma nova explicação. Após conversas com pessoas idosas chegamos à conclusão que as duas primeiras explicações pode m não passar de simples imaginação, sendo que a origem do nome Aboboreira poderá estar na árvore de fruto figueira que quando existente em grande qualidade é chamada de “abebera” e que quando se enche de frutos ainda hoje é chamada de “abebereira”.Historicamente e como o restante Concelho, Aboboreira terá sido conquistada aos muçulmanos por D. Afonso Henriques em meados do sec. 12 com a ajuda de cruzados das ordens militares religiosas entre as quais a ordem de Malta, mas ao contrário das restantes povoações do Concelho de Mação tal como a freguesia de Penhascoso, ficou sob dependência directa da corte portuguesa.Envolvida na ramagem verde das árvores cercada de pinheiros e oliveiras, parecem lenços brancos a acenar, as casas humildes e pequenas que pouco mais são que duas centenas. Cobre-se de flores na Primavera, aloiram-se no Verão as searas, nas videiras são louros também os bagos, “ceifa-se” o pão, pisam-se as uvas e sob a chuva teimosa do Inverno, apanha-se, em grandes, grupos, a azeitona, canta-se para aquecer o frio, faz-se azeite, mata-se o porco, cultivam-se as hortas, amanha-se a terra, e explora-se o pinhal.Este pequeno poema traduz na perfeição uma pequena e pitoresca localidade do Concelho de Mação.
Localidades
Aboboreira, Casalinho, Cerro do Outeiro, Chão de Codes, Louriceira, Vale de Amêndoa
Amêndoa
Os Romanos chamaram a esta terra Amindula que se situava à beira da estrada da estrada que ia da Egitânia a Abrantes, sendo que num sítio, denominado como, Coutada foram recolhidos alguns fragmentos de “opustelatum”, policromos, partes de mosaico romano de decoração geométrica e cerâmica do sec. 1º a.C.
Os primeiros núcleos populacionais de Amêndoa remontam a épocas pré- históricas sendo que desta época foram encontrados alguns vestígios como a Anta do Cabeço das Penedentas no lugar de Pêro Gonçalves que seria um dólmen, onde se encontrou uma placa de ardósia com dois orifícios ao alto representando um ídolo muito frequente na Lusitânia e exclusivo da Península Ibérica.
Outro grande marco histórico, foi a descoberta do Castro de S. Miguel, na Serra da Ladeira. Na sua envolvência foi recolhido um grande espólio com objectos como mós machados, lanças, alviões, placa de cobre gravada, e cerâmica avulsa. Este Castro de construção celta que conserva ainda restos de uma muralha que datará de 350 a.C., tendo sido habitado até ao sec. 7 d.C. já que foram nele encontrados fragmentos entre os quais uma fivela de cinto visigótico.
Após a sua conquista aos mouros por D. Afonso Henriques em 1165, Amêndoa foi doada aos Templários aos quais pertenceu até 1174. Em 1231 pertencia já à comenda da Ordem de Malta sendo já uma população bastante autónoma em 1336 pois possuía juizes, almotacés, e toda a jurisdição própria de uma vila recebendo, inclusive, todas as rendas e direitos reais. Em 1372 D. Fernando 1º doou a Afonso Fernandes de Lacerda todas as jurisdições sendo que a vila viria ainda a ser alcaidaria dos Marqueses de Fontes e depois de Abrantes. Na sua evolução histórica esta importante povoação, no ano de 1514 por ordem de D Manuel passou a ser Comenda da ordem de Cristo, em 1527 D. João 3º ordenou a realização do primeiro “ Recenseamento Geral da População” nesta data Amêndoa registava 36 fogos e 162 habitantes.Após 600 anos como Concelho, em 1836 Amêndoa desceu à categoria de freguesia sendo integrada no Concelho de Vila de Rei até 1878 ano em passou a fazer parte do Concelho de Mação.Outro grande atractivo desta vila é a Igreja de N. S. da Conceição um templo de sec. 13 e que está já incluído no “Catálogo de todas as Igrejas de Portugal do ano de 1320 ”.É uma igreja de três naves onde podemos admirar um cadeirão feito em madeira do Brasil com couro lavrado, com pregaria amarela e com o brasão dos Castros. Aqui existe também um prato de ofertas de latão com uma inscrição gótica.Podemos ainda observar pinturas sobre tela figurando S. Miguel do sec.18.
Localidades
Aldeia de Eiras, Amêndoa, Cabo, Chão da Bica, Chão de Lopes, Cimo do Vale, Fonte de Amêndoa, Gargantada, Granja, Juntos, Martinzes, Monte Fundeiro, Palheirinhos, Pé da Serra, Pêrogonçalves, Revelha, Vale de Vacas, Robalo, Vinha Velha.
Cardigos
A situação geográfica da vila de Cardigos, é sem dúvida curiosa, pois fica precisamente no centro do país, entre Vila de Rei e Proença-a-Nova, a trinta e nove graus e sete segundos de latitude norte e a um grau, seis minutos e cinquenta e três segundos de longitude oriental do meridiano de Lisboa.
Cardigos contempla à sua volta as serras do Bando, Amêndoa, Melriça, Alvaiázere, Alvelas, Moradal, Perdigão e S. Mamede e as Vilas de Amêndoa, Vila de Rei, Figueiró dos Vinhos, Cernache do Bonjardim, Nisa, Castelo de Vide e Marvão. Sendo que, o seu terreno é acidentado, dá origem a numerosos cursos de água de pequena corrente, tributários das ribeiras do Bostelim e da Pracana.
Hoje em dia, Cardigos é conhecido pela sua indústria de velas, artesanto de linho, indústria de presuntos, queijaria, pastelaria e também pela sua linda paisagem.
Em 1525 chamava-se Cardigos ou Bichieira indiferentemente. Havia nesta vila uma família de apelido Cardigos de quem a localidade herdou o nome. Em documentos oficiais aparecem, ainda, vários nomes dados a Cardigos como Brucheira, Bichieira, Buchieira, Abucheria, Vichieyra e, finalmente de Cardigos como aparece já no alvará passado por D. João IV. de 5 de Fevereiro de 1643 .
A fundação de Cardigos está envolta no longínquo passado, mas a avaliar pelos vestígios megalíticos (dolmens, antas) pensa-se ter havido nesta região ocupação muitos séculos antes de Cristo. Situada como a localidade de Amêndoa num ponto de ligação de várias redes de comunicação da Hispania são encontrados vários testemunhos romanos como algumas pontes, templos, aquedutos, etc. Outros vestígios foram ainda localizados tais como inscrições funerárias e todo um espólio da época Romana onde se destacam várias alfaias agrícolas. Seguindo a tradição Romana muitos nomes de localidades derivam de plantas, animais, e minerais (Moreira, Ferreira). Foi esta civilização que aqui desenvolveu a agricultura e culturas como a oliveira e a vinha às quais se juntam árvores de frutos, cereais, e explorações de minérios como o ouro, ferro, estanho, etc..
Do povo imigrado do norte da Europa, os Visigodos, poucos foram os vestígios deixados sendo certo que em 711 esta região foi ocupada pelos muçulmanos que aqui se fixaram com a sua cultura até ao início da reconquista Cristã levada a cabo por Afonso Henriques com a ajuda das ordens militares religiosas como a dos Hospitalários, e Templários, até finais do séc. XIII. Tal como a freguesia de Amêndoa o primeiro domínio de Cardigos é dado aos cavaleiros templários passando mais tarde para o domínio da Ordem de Malta. Durante o reinado de Filipe II de Espanha, em 1605, Cardigos é elevado a sede de Comarca. Já no séc. XIX e depois de pertencer ao Concelho de Vila de Rei, Cardigos passa para a área do Concelho de Mação em 1878.
Localidades
Arganil, Azinhal, Azinhalete, Cardigos, Carrascal, Carvalhal, Casais de S. Bento, Casalinho, Casas da Ribeira, Chaveira, Chaveirinha, Colos, Corujeira, Freixoeirinho, Freixoeiro, Lameirancha, Mesão Frio, Moita Recome, Pracana da Ribeira, Pracana do Outeiro, Roda, Sarnadas, Vales, Vinha Velha.
Carvoeiro
A origem do topónimo Carvoeiro não está devidamente esclarecida pois enquanto alguns autores defendem a derivação do nome de jazidas de carvão inexploradas que existem no sub-solo, outros há que defendem na origem do topónimo árvores em grande quantidade como Sobreiros a Azinheiras.
Povoação muito antiga, desde cedo, se constitui freguesia, sendo que, em conjunto com Amêndoa e Belver das mais antigas da região remontando ao principio da nacionalidade por volta de 1194. Nesta região foram encontrados vestígios de um Castro, sendo que na Sra. da Moita existia um grande espólio do qual se destaca um bem conservado vaso de cerâmica e telhas romanas pensando-se que aqui existiu uma povoação Romana e nas suas proximidades um grande templo dedicado a Júpiter.
Após a reconquista Afonsina, D. Sancho I incentiva a ocupação das terras através da doação das mesmas.
O domínio da vila passa mais tarde para jurisdição da ordem de Malta. Em 1464, Carvoeiro obtém carta de vizinhança, passada por Afonso V que lhe permitia alguma liberdade de executar trocas comerciais com povoações vizinhas. Em 1518 teve a sua carta de foral passada por D. Manuel.
Em termos eclesiásticos e quase como toda a região pertencia ao priorado do Crato, sede de Concelho, Carvoeiro tirava daí óbvios benefícios. Durante as invasões francesas, por não ter sido invadida, a freguesia do Carvoeiro serviu de refúgio para populações vizinhas fugidas das tropas de Junot. Faz parte do Concelho de Mação desde 1878.
No património artístico destaca-se a Capela da Misericórdia do séc. XVII com destaque para a talha dourada do estilo maneirista com decoração religiosa, existindo também um políptico do séc. XVII com cenas bíblicas.
Localidades
Balancho, Capela, Carvoeiro, Degolados, Feiteira, Frei João, Galega, Maxieira, Pereiro, Pracana Fundeiro, Quebrada, Rouqueira, Sanguinheira, Vale da Casa, Vale de Santiago, Vale Pedro Anes.
Envendos
A fundação de Envendos remonta aos primeiros dias da nacionalidade e parece terem sido os Hospitalários, mais tarde Ordem de Malta na ajuda de reconquista a Afonso I de Portugal, os seus promotores.
A designação de Envendos é de origem duvidosa afirmando tratar-se de uma corruptela de Em- Os -Vendo. No entanto, segundo o toponímista Dr. Joaquim da Silveira seria a sequência evolutiva do primitivo nome Evenandus que passa para Eveando - Evendo - Enveendo - Envêdo- Envendo - Envendos. Envendo é um velho nome de pessoa, simples variante evolutiva de Envendo formas românicas de origem germânica.
De influência Romana existem duas pontes como testemunha as de Vale da Mua e de Pracana (Ladeira). Sabe-se que nesta zona existiram explorações de ouro levadas a cabo por cartagineses e romanos.
Em vários locais da freguesia foram encontrados vestígios da fixação romana com a descoberta de VILLAE (aglomerados populacionais), como também vários vestígios de peças de cerâmica nas proximidades do Tejo e Ocreza onde se desenvolviam actividades como a pesca, agricultura e exploração mineira.
De realce na freguesia de Envendos existe a Igreja de N. S. da Graça, edifício do séc. XVII com 3 naves onde se destacam vários elementos arquitectónicos como colunas oitavadas, púlpito de cálice de forma pouco comum, um prato de oferta de cobre lavrado e o portal de arco perfeito com um fecho onde existe uma cruz de malta esculpida. Uma grande parte da nomeada de Envendos provém das suas águas de Ladeira de Envendos que se podem recolher directamente do manancial ou adquirir em garrafas comercializadas. E são as águas das termas da Ladeira as quais constituem uma "benção" para a cura de doenças dermatológicas, ortio-mio-articulares, cardiocirculatória, digestivas, nefro-urinárias e metabólicas. Estuda-se a possibilidade de no seu cortejo fúnebre após a sua morte em Extremoz a caminho de Coimbra, Amieira, tenha sido local de passagem da Rainha S. Isabel.
Localidades
Alpalhão, Avessada, Barca da Amieira, Carrascal, Envendos, Ladeira, Maxial, Rebique, S. José das Matas, Sanguinheira, Vale da Gama, Vale da Mua, Vale de Junco, Vale do Coelho, Vale de Grou, Venda Nova, Vilar da Lapa, Zimbreira, Zimbreirinha.
Mação
Não é das mais antigas povoações do Concelho, sendo provável que a sua origem anteceda a da nacionalidade. Começando por ser um simples lugar ou aldeia na dependência de Belver, até ao reinado de D. Dinis em que já possuía alguma importância, e serviu de base a longa disputa entre os Reis e a ordem de Malta na altura em que os monarcas queriam concentrar poderes.
Há quem se incline a atribuir o nome de Mação ao termo latino mansionem de mansionis que significa albergue. Mas tal derivação nem se coaduna com as leis de fonética. Na opinião do toponímista Dr. Joaquim da Silveira o étimo respectivo poderá estar no antigo português "maçom" (pedreiro, canteiro,alvener) do latim vulgar macione - machio-nis de origem germânica correspondente ao francês maçon e antigo provençal masson de igual sentido. Na Idade Média, o termo masson designou o simples artifície ou o director, ou o mestre de obras, o arquitecto.
A freguesia de Mação e os seus arredores conservam em si um grande património arqueológico como comprovado em Março de 1943 com a descoberta, nos Paços do Concelho, de um grande depósito construído para esconderijo de objectos pessoais ou talvez para homenagem religiosa. Entre o espólio foram descobertos foices, lanças, machados, argolas de adorno, fragmentos de punhais, braceletes, estiletes, que segundo especialistas como o arqueólogo Eugénio Jalhay podem ser datados entre 1200 e 900 a.C. Existem ainda vestígios da presença de outros povos por todo o Concelho.
Foi já durante o reinado de D. Dinis que Mação viu a sua importância reforçada. Tal como por toda esta região aqui estiveram templários e cavaleiros Hospitalários com sede em Belver. O primeiro foral foi-lhe concedido pela Rainha Santa Isabel sendo renovado em 1355 por D. Pedro I, sendo já nesta altura um Concelho. No entanto, mais tarde Mação passa para o concelho de Proença a Nova readquirindo a sua "autonomia" no final do séc.XIX. Da arquitectura religiosa da Vila de Mação destacam-se a Capela da Misericórdia onde se pode admirar, um nicho com a imagem de S. Maria de Mação em pedra de ançã do séc.XV vinda da região de Coimbra.
Também a Igreja Matriz merece destaque, construída em 1597, expõe elementos artísticos de rara beleza da arte portuguesa como os azulejos padronizados, com cercadura polícromados do séc. XVII, e talha dourada do séc.XVIII nos altares e capelas. Por entre a cobertura de azulejo podemos reparar em vários registos figurativos, polícromados de passagens bíblicas como a Visitação ou a Árvore de Jesse.
Localidades
Caratão, Carregueira, Casas da Ribeira, Castelo, Corga, Mação, Pereiro, Rosmaninhal, Santos e Vale de Abelha.
Ortiga
Os antepassados históricos de Ortiga são em tudo semelhantes aos do resto do Concelho de Mação.
Freguesia desde 21-3-1928 é uma área rica em espólio de épocas históricas como a Romana onde se destaca a estação arqueológica do Vale do Junco que se pensa tratar-se de um Balneário Romano. Ainda anterior a esta construção podemos encontrar uma Anta em excelente estado de conservação que se situa na Foz do Rio Frio. No entanto, nem só de património histórico e artístico vive Ortiga, onde podemos desfrutar toda a beleza natural dos vastos pinhais e da albufeira da Barragem de Ortiga (Rio Tejo) onde durante todo o ano são praticados vários desportos náuticos e usufruir da soberba paisagem oferecida.
Historicamente a designação Ortiga poderá ter início com a passagem nesta região dos Sarracenos que aqui se fixaram e aplicaram um topónimo derivado do Grego (Ortygus). Veja-se que Ortigo na nossa língua é uma palavra de origem grega usada para traduzir a ideia de codorniz (ex. Ortigopia- Jogo praticado na antiga Atenas, consistia em abater codornizes á mão). Assim terá nascido a designação de Ortiga devido a abundância de codornizes nestes campos, concluindo do grego Ortygus por via árabe surge Ortigana "terra de codornizes" que por sua vez com os primeiros povoadores cristãos perde a sílaba final.
Localidades
Barragem, Estação, Ortiga
Penhascoso
A Freguesia nem sempre teve o nome de Penhascoso , sendo que até ao ano de 1941 era chamada de Panascoso. A origem deste topónimo filiar-se-ia no nome de uma planta gramínea panasco, abundante nesta região a utilizada como pasto pelos gados. No entanto, a 10 de Abril de 1941 o decreto lei n.º 31212 determinou que o topónimo fosse alterado para Penhascoso, argumentando que o nome da povoação derivava da palavra antiga Peña, entretanto convertida em penha, cujo significado estaria de harmonia com as características rochosas ou penhascosas do terreno onde a localidade se situava. Existiu grande discussão em tal ocasião sendo estas duas as teorias as existentes e comunicadas.
Após a reconquista cristã, Penhascoso terá pertencido durante bastante tempo à comarca de Tomar, ao contrário de grande parte do Concelho de Mação, pagando foro pela captação de águas das ribeiras para moinhos, pisões e lagares de azeite à Coroa portuguesa. Pertencendo ao Concelho de Sardoal até 1895 é incorporado no Concelho de Mação em 1898.
Nesta região foram encontrados vestígios de civilizações que por aqui se fixaram dos se destacam a descoberta de uma alabarda de silex que fez remontar a antiguidade do povoamento desta zonas a eras muito remotas. Existem também vestígios de um Castro onde se defende ter sido origem da povoação. Nas localidades envolventes sabe-se terem sido levadas a cabo actividades como a exploração aurífera nas margens de ribeiras, devido à descoberta de vários utensílios entre os quais um machado (Casal de Barba Pouca).
Localidades
Penhascoso, Casal de Barba Pouca, Espinheiros, Monte Penedo, Queixoperra, Ribeira de Boas Eiras, Serra.